As idéias, com o passar do tempo, ficaram mais sólidas: a banda se foca

ria apenas em material próprio e não se limitaria a estilos, deixando a idéia de tocar rock/metal progressivo um tanto afastada, mesmo esta sendo, perceptivelmente no som do grupo, uma das principais influências da banda. Surgiu, então, a idéia de escrever uma Rock Opera. Idéia ousada demais para um grupo que possuía, apenas, um baterista, um guitarrista e um vocalista.
O tema do projeto, largamente influenciado por Trans-Siberian Orchestra e Pink Floyd, seria o mundo atual. O nome da banda, na época, era
SaveOurSouls Art Gallery e a idéia dos músicos era misturar, num só espetáculo, artes plásticas, teatro, luz, fúria, paixão, amor, ódio e, claro, música! Um roteiro foi escrito, assim como alguns trechos de letras e de peças instrumentais.
Pouco antes de 2005, o grupo se associara ao baixista Maurício Ribeiro, que abandonaria a banda meses depois. Na mesma época, Fernando Ianck se afastou do grupo em função de não possuir tempo disponível para ensaios. A “banda”, então, se resumira a Igor Zemgeski e a Leandro Eichelbaum, que, então, eram unidos pelo forte laço de amizade que se consolidara e pelo sonho de concretizarem suas idéias, de divulgar, ao mundo, sua mensagem. E tal mensagem, em síntese, era: “Acordem!”.
A essência das idéias de Ianck, Eichelbaum e Zemgeski, desde o princípio, resumia-se em
rebeldia. Mas não s

e tratava daquela revolta punk ou de simples bravata contra o
brutal mundo neoliberal (ou qualquer outro ideal pseudo-revolucionário que enche de ar os pulmões de adolescentes em busca de uma identidade). A revolta do grupo se tratava mais de uma
resistência ao modo em que as coisas do mundo atual corriam, desde a reprodução famigerada e o conseqüente consumo inconsciente de música descartável, até a alienação em massa da sociedade. A mensagem das letras do grupo convidava o ouvinte à reflexão.
O nome da banda, agora alterado para
Happy People Are Dead, transmitia a ideologia do grupo, uma crítica ao mundo atual, que cultua apenas o material, às pessoas, escravas do trabalho e perseguidoras de objetivos mesquinhos. A verdadeira felicidade, segundo a idéia do grupo, estava sepultada: daí
Pessoas Felizes Estão Mortas. Nosso mundo havia se tornado tão ignorante, frio e robótico que a verdadeira felicidade, grosso modo, já não estava mais entre as pessoas.
Em 2006, Ianck e Ribeiro voltam à banda e a formação perdura intocável até abril de 2008, quando Ribeiro, novamente e definitivamente, sai do grupo por motivos pessoais. Até o momento, a banda já contava com, pelo menos, cinco canções (praticamente) finalizadas:
Happy For Living, Iced Sex, Emotion, Purple Garden e Natural Red. O direcionamento musical de tais canções se focava basicamente no Hard Rock (mesmo sem se prender à vertente), especialmente em função dos riffs de Leandro Eichelbaum, fortemente influenciado por guitarristas como Steve Vai e Eduardo Ardanuy (Dr. Sin).
As quatro canções foram mutuamente compostas por Ianck, Eichelbaum e Zemgeski, autor de todas as letras, até então. O conteúdo lírico do grupo, além de passar mensagens de crítica social, como em
Purple Garden, tratava de temas bastante pessoais, como em
Natural Red, por exemplo.
Substituindo Maurício R

ibeiro, para o posto de baixista, entra Lincoln Glass, amigo de longa data de Eichelbaum e Ianck. A união parecia perfeita e a formação do grupo se solidificara até o início de 2009, quando Glass decide sair do grupo por não conseguir conciliar música, estudos e trabalho. Nessa época, o grupo entra em estúdio para gravar
Emotion (disponível para download
aqui)
, em função da idéia que Laura, namorada de Eichelbaum, teve quanto a entrar, em sua festa de formatura, ao som dessa canção.
O grupo, que até então, nunca possuiu um tecladista fixo, contou com a contribuição de Guido Catelli, tecladista de uma conhecida banda da cidade, a Mandau, cujo som pendia para a Black Music. Glass, mesmo oficialmente fora do grupo, gravara a canção. Após, em média, 10 horas de estúdio,
Emotion ficara pronta. Gravada e mixada por Tiago Thomaz, no Tiago Studio Music, em Ponta Grossa, a canção foi masterizada por Alécio Costa, no Alécio Costa Studio, em Florianópolis, Santa Catarina.
Divulgada na Internet e na base do “boca-boca”,
Emotion surpreendeu aos ouvintes e recebeu bons elogios de pessoas dos mais variados gostos musicais. Com um estilo distinto das demais canções da banda,
Emotion tem um clima puxado para os anos 80. O uso de teclados e de guitarra tecnicamente afiada, remetia ao som de grupos como Whitesnake e Van Halen.
No momento, o objetivo do grupo, além de continuar divulgando sua primeira canção gravada, é gravar uma demo tape contendo quatro faixas. No posto de baixista encontra-se Rafael Eichelbaum, irmão de Leandro. A banda continua procurando tecladista e reunindo fundos para financiar sua demo.
Baixe e ouça
Emotion:
http://www.zshare.net/audio/5646667776446dba/Foto 1 (esq. p/ dir.): Fernando Ianck, Rafael Eichelbaum, Leandro Eichelbaum & Igor Zemgeski.
Foto 2 (esq. p/ dir.) Fernando Ianck, Lincoln Glass, Leandro Eichelbaum & Igor Zemgeski.
Foto 3 (esq. p. dir.) Fernando Ianck, Leandro Eichelbaum, Igor Zemgeski & Rafael Eichelbaum